CASTILHO – O vereador Adilson Santos continua sob risco de ser cassado pelos vereadores castilhenses. A Comissão de Ética do Legislativo aprovou o relatório que pedia prosseguimento de investigação contra o vereador por suposta falta de decoro parlamentar. Ele é acusado de ter causado tumulto no hospital e maternidade “José Fortuna” em 2021, quando teria excedido o seu papel enquanto vereador.
Na sessão da última segunda-feira,17, o Plenário da Câmara acolheu quase que de forma unânime a admissibilidade e continuidade do processo ético e disciplinar nº 02/2022, em relação ao vereador Adilson Santos, proposta pela Comissão de Ética. Apenas o vereador Albecyr Pedro da Silva teria sido contra, mas os demais todos foram favoráveis.
Em sua defesa, Adilson disse ter sido absolvido pelo Ministério Público. Alegou que quando foi ao hospital – acionado na ocasião por populares, não tinha conhecimento de causa e que naquele momento arriscou a própria vida e a da família.
Outros dois vereadores, Albecyr e San Borges, que também estiveram com Adilson no hospital na data dos fatos, foram absolvidos pela Comissão de Ética. Segundo o relator, a conduta desses dois vereadores não evidenciou ato antiético e por isso foi proposto o aqruivamento contra os mesmos.
Por outro lado, a mesma Comissão entendeu que contra Adilson ainda existem indícios suficiente para prosseguimento da representação por “Atos incompatíveis com o papel do vereador e excedido as atribuições (...). Sugiro o prosseguimento por suposta infração ética”, diz trecho da relatoria.
Presidida pelo vereador Daniel Batista de Oliveira a Comissão tem como relator o vereador João Paulo Araújo e como membros os vereadores Sebastião Reis de Oliveira, Severino Marcos (Chicão) e João Lameu.
DEFESA – Adilson usou parte dos 20 minutos a que tinha direito se dirigindo diretamente aos vereadores membros da Comissão e em especial a Daniel e Tião Japonês. “Daniel você não precisa gostar de mim, porque eu também não gosto de você. Tião você não precisa gostar de mim, porque eu também não gosto de você”.
Sabendo do risco que corre em ser cassado, Adilson disse que “juridicamente falando” os vereadores estariam dando um tiro no pé. “Eu não vim pra ser fantoche de vereador e nem de ficar na mão de vereador. Eu não tenho medo de nenhum vereador. Estou dentro da legalidade”, alegou.
Citado por Adilson, o vereador Daniel também usou a tribuna e justificou que não tem intenção de condenar e nem de absolver ninguém. Mas foi claro: “Se tiver que ser absolvido será e se tiver que ser condenado será”.
A mesma fala usada na sequência pelo também citado vereador Tião Japonês: “Aqui a gente não está para condenar ninguém. Nós fomos escolhidos pelo povo. Se cada um esta aqui, tem o seu mérito. Porém, não adianta espernear”, concluiu.