Bacbem, Raio e Kito, personagens da Turminha do Bem, ensinam as práticas para ambientes limpos, hábitos de higiene e meio ambiente.
Por Laureane Schimidt – assessoria de imprensa
O Projeto Turminha do Bem, desenvolvido em Mato Grosso do Sul, une atividades pedagógicas com práticas de educação sanitária e ambiental para levar até aos estudantes de escolas públicas e particulares a importância da prevenção de doenças, da higiene pessoal, de se manter os ambientes limpos e dos cuidados com o meio ambiente. Criada em 2015, a Barakit -Turminha do Bem - é formada pelos personagens, Bacbem, Raio e Kito, cada um deles tem uma função na didática com os alunos.
A Bacbem – Bactéria do Bem – tem como missão ensinar às crianças sobre a importância do autocuidado como forma de se ter melhor qualidade de vida. Ela aborda temas como a higiene pessoal, a higienização dos alimentos, os microrganismos benéficos e patogênicos. O hábito da lavagem das mãos e o álcool em gel, juntos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, podem reduzir em até 99% a contaminação por bactérias e vírus, que causam doenças como a Covid-19, gripe, conjuntivite e outras viroses, além do risco de infecções.
Já o Raio – Raio do Bem – é focado em mostrar a importância dos cuidados com o meio ambiente. São trabalhados os conceitos de reciclar, reutilizar, repensar, reduzir, aquecimento global, poluição, queimadas, dentre outros temas. O objetivo foca na relação de causa e efeito a partir das ações dos seres humanos e como cada um deve assumir o compromisso de cuidado e amor ao meio ambiente. O Raio também ensina sobre a importância do protetor solar, como prevenção ao câncer de pele, que é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. As crianças passam a compreender sobre as consequências do efeito estufa e do aquecimento global com os riscos do aumento das radiações solares à saúde.
Já o Kito – Mosquito do Bem –fala sobre o ciclo do vetor Aedes aegypti, sobre a importância e o dever da criança e da família como cidadãos em manter a cidade limpa, sem locais com acúmulo de água e também do uso do repelente como forma paliativa na prevenção de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti . O conceito é fazer do aluno um fiscalizador dos espaços públicos e privados. Este ano, até novembro, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, foram 71mil notificações e 42 mortes provocadas pela Dengue, 95 casos de Chikungunya e 71 de Zika em Mato Grosso do Sul.
Em um ano, 5500 alunos, de cinco a dez anos, do ensino fundamental, receberam a visita da Turminha do Bem em 17 escolas públicas e particulares das cidades de Paranaíba e Selvíria, ambas localizadas na região leste de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a escola Le Irdak, também ofereceu aos alunos o Kit de Biossegurança da Turminha do Bem.
O trabalho, quando em aulas presenciais, é desenvolvido em sala de aula, uma vez por semana, ao longo do ano letivo da escola, usa-se fantoches, cartilhas, peças de teatro e aulas práticas.
“Nosso objetivo é desenvolver ações socioeducativas, de cunho pedagógico, informativo e preceptivo dentro das escolas, com fornecimento de materiais de apoio para as ações preventivas na área da saúde. Desta forma, visamos a formação de futuros cidadãos mais conscientes e participativos na promoção da saúde no local em que residem, com adoção de novas práticas e atitudes, e como resultado a redução significativa das epidemias, infecções por bactérias, virais e parasitoses, além da preservação do meio ambiente”, explica Fernanda Fialho, farmacêutica e idealizado do Projeto Turminha do Bem.
Antes de iniciar a ação da Turminha do Bem na escola, a equipe científica realiza uma entrevista com 5% dos responsáveis pelos alunos que farão parte do projeto. A partir desta etapa, a equipe pedagógica, científica e técnica definem as estratégias e outros temas que devem ser abordados para o contexto escolar e do município onde a escola está localizada.
A ação da Turminha do Bem também envolve a formação e capacitação dos professores e da equipe pedagógica, concurso de redação, condecoração dos gestores da saúde com a medalha “Amigo da Turminha do Bem”, premiação em benfeitorias para a escola, concurso de melhor desenho, além da realização de feiras de ciências com o incentivo à pesquisa científica, e ainda há distribuição das apostilas , protetor solar, álcool em gel e repelentes em embalagens individualizadas, para utilização pessoal.
Com a pandemia provocada pela Covid-19, parte das ações do projeto Turminha do Bem foi adaptada com o foco para as práticas de boa higiene e biossegurança. Para que a mensagem chegasse até aos alunos, foram gravados 24 vídeos que tratam sobre o tema e disponibilizados aos alunos em três plataformas: Youtube, sala de aula do Google e Whatsaap, para garantir que todos os alunos do projeto pudessem ter o acesso ao conteúdo.
Sobre o Projeto Turminha do Bem: criado em Campo Grande – MS, em 2015, o projeto Turminha do Bem surgiu da preocupação da doutora e farmacêutica, Fernanda Fialho, na época, mãe do Pedro, que percebeu a necessidade de promover ações de educação sanitária com os colegas de sala do filho. A primeira ação foi feita na escola onde o filho estudava, depois da reincidência de doenças. “Depois do Pedro contrair três vezes Influenza na escola, tomar antirretroviral fortíssimo, decidi que deveria trabalhar esta responsabilidade social, por meio da educação sanitária e educação ambiental dentro das escolas. E assim, quando Pedro tinha 5 anos de idade, começamos um projeto para falar sobre três pilares: meio-ambiente, ambientes limpos e hábitos de higiene”, relembra Fernanda Fialho.
O filho foi responsável pelo esboço inicial dos desenhos dos personagens, com ajuda de um ilustrador profissional, hoje, foram materializados em fantoches usados durante as atividades nas escolas.
Em cinco anos de existência, o Projeto Turminha do Bem esteve em 53 escolas de Mato Grosso do Sul e levou conhecimento a 8950 estudantes de cinco a dez anos, no ensino fundamental.
“Os temas foram escolhidos porque não me conformo com que os maiores problemas de saúde pública estarem relacionados aos hábitos culturais e civis. A falta de
ambientes limpos proporciona um ambiente favorável para o ciclo do vetor da Dengue, Zika e Chikungunya; a falta de hábito de higiene decorre em doenças transmitidas, sobretudo pelas mãos; e a degradação do meio ambiente, incorrendo em aumento da radiação solar, poluição e queimadas, dentre outros”, completa Fernanda.
Para mais informações acesse o perfil @turminhadobemsaúde ou o site www.projetoturminhadobem.com.br